O presidente da Associação dos Agentes de Execução vai ficar em prisão domiciliária, mas até estarem reunidas as condições técnicas para a colocação da pulseira eletrónica o arguido aguarda em prisão preventiva, disse hoje à agência Lusa fonte policial.
Francisco Duarte foi detido na passada quarta-feira pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, após a realização de buscas em Lisboa, Viseu e Cascais, por suspeitas de peculato, falsificação e branqueamento, num alegado esquema de desvio de mais de meio milhão de euros das contas de clientes, no âmbito de processos de cobrança de dívidas.
Depois de presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, ao longo de vários dias, o juiz determinou a prisão domiciliária como medida de coação, mas, até que estejam reunidas as condições para a colocação da pulseira eletrónica, processo que demora alguns dias, Francisco Duarte aguardará a transferência para a residência em prisão preventiva, explicou a mesma fonte policial.
A Polícia Judiciária (PJ), sob a orientação do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, efetuou na quarta-feira buscas a escritórios do arguido, que se intitula presidente da Associação dos Agentes de Execução (AAE).
No mesmo dia e após a detenção de Francisco Duarte, a Câmara dos Solicitadores informava, em comunicado, ter indicado ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa quatro representantes seus para acompanhar as buscas a escritórios de agente de execução (cobrança de dívidas).
A mesma nota sublinhava que a AAE, «a existir, não tem qualquer ligação à Câmara dos Solicitadores (entidade que tutela os agentes de execução), nem aos seus dirigentes».