Economia

Obama defende menos austeridade e espera que Grécia permaneça na zona euro

Barack Obama Reuters/Larry Downing

Numa entrevista à CNN, o presidente norte-americano admitiu que a Grécia tem uma «necessidade extrema» de reformar a sua economia e manifestou preocupação com o crescimento económico da Europa.

O presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Barack Obama, defendeu este domingo menos austeridade e uma «estratégia de crescimento» para a Grécia, esperando que Atenas possa continuar a fazer parte da zona euro.

«Não se pode continuar a apertar os países que estão numa depressão profunda. Em algum momento tem de haver uma estratégia de crescimento para que esses países possam pagar as suas dívidas e reduzir os seus défices», afirmou Barack Obama numa entrevista à CNN divulgada hoje, depois de ter sido questionado sobre a situação na Grécia.

O presidente norte-americano admitiu que a Grécia tem uma «necessidade extrema» de reformar a sua economia, mas salientando que «é muito difícil iniciar essas mudanças quando o nível de vida da população caiu cerca de 25 por cento».

Segundo números da agência noticiosa France Presse (AFP), a economia grega contraiu-se cerca de 25% desde 2008. Após cerca de seis anos de recessão económica e já no segundo resgate internacional, o novo Governo grego, liderado pelo Syriza (partido anti austeridade de esquerda), pretende alcançar um novo acordo com os credores internacionais.

«Espero que a Grécia possa permanecer na zona euro, o que requer compromissos dos dois lados», disse Barack Obama, considerando que »existe o reconhecimento por parte da Alemanha e de outros países de que seria melhor» que Atenas se mantivesse na união monetária «do que fora dela».

O presidente norte-americano disse ainda estar «preocupando com o crescimento económico» na Europa, defendendo que «são importantes reformas estruturais e prudência orçamental» em grande parte dos países europeus.

Considerando que «a melhor forma» de reduzir o défice «é crescer», Barack Obama sublinhou ainda que «numa economia que está em queda livre é necessária uma estratégia de crescimento e não apenas o esforço de apertar cada vez mais uma população que está a sofrer cada vez mais».