O antigo ministro, que assumiu as pastas da Educação e da Cultura nos governos de António Guterres, desafia o Alto-comissário da ONU para os Refugiados a esclarecer os planos que tem para o futuro. A eurodeputada Ana Gomes reconhece que o antigo governante pode continuar ao serviço da ONU em voos mais altos.
Os socialistas receberam com emoções contraditórias, a notícia do prolongamento do mandato de António Guterres como Alto-comissário da ONU para os Refugiados. A Assembleia-Geral das Nações Unidas decidiu ontem "esticar" o prazo até ao final do ano por recomendação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.
Escutado pela TSF, Augusto Santos Silva, ex-ministro nos governos de António Guterres, em que assumiu as pastas da Educação e da Cultura, pede ao antigo primeiro-ministro para desvendar rapidamente se é ou não candidato nas próximas eleições presidenciais que acontecerão em 2016.
Santos Silva reconhece que se a intenção é avançar, é cedo para Guterres anunciar a disponibilidade. Mas se a sua vontade for contrária, nesse caso, começa a ser tarde para se discutir uma alternativa.
O futuro de António Guterres pode ter dois caminhos pela frente. Belém ou Nova Iorque. Augusto Santos Silva admite que que Guterres pode ter outros planos no horizonte. O atual Alto-comissário para os Refugiados tem sido apontado como possível candidato ao cargo de secretário-geral das Nações Unidas.
Ana Gomes, escutada pela TSF, é da opinião que Guterres tem grandes possibilidades de chegar ao mais alto cargo da ONU. No entanto, a eurodeputada defende, também, que o prolongamento do atual mandato não impede António Guterres de ser candidato a Presidente da República.