O jornalista australiano da Al-Jazeera Peter Greste chegou hoje à Austrália, depois de ter estado preso mais de um ano no Egipto e ter sido deportado domingo para o seu país.
«Não vos consigo dizer como estou extático por aqui estar. Este é o momento que revi na minha cabeça pelo menos 400 vezes, 400 dias, e é absolutamente maravilhoso estar aqui», disse aos jornalistas, depois de um encontro com os seus pais e irmãos.
Nas declarações aos jornalistas, Peter Greste, de 49 anos, voltou a pedir às autoridades egípcias para libertarem os seus dois colegas da Al-Jazeera que continuam presos.
O canadiano-egípcio Mohamed Fahmy, que renunciou hoje à nacionalidade egípcia para poder ser extraditado para o Canadá, e o egípcio Baher Mohamed.
Greste foi deportado no domingo depois de o Presidente egípcio ter aceitado a sua transferência para a Austrália, em virtude de uma lei aprovada em novembro do ano passado que permite expulsar para os países de origem os estrangeiros que estão a ser julgados no Egito.
Peter Greste, jornalista da Al-Jazira, foi detido em dezembro de 2013 no Cairo, juntamente com outros dois jornalistas da televisão árabe, Mohamed Fahmi, de dupla nacionalidade egípcia e canadiana, e Baher Mohamed, egípcio.
Mohamed Fahmy e Baher Mohamed continuam presos.
Greste, Fahmi e Mohamed foram detidos em dezembro de 2013 no Cairo, quando cobriam a repressão dos islamitas que se seguiu à deposição pelas Forças Armadas do presidente eleito Mohamed Morsi, em julho de 2013.
Os três jornalistas foram condenados em junho de 2014 a penas de prisão entre os sete e os dez anos.