O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) disse esta manhã que quer um futebol sem ódios e sem guerrilhas pessoais, sem se referir diretamente aos recentes casos de violência no dérbi de Alvalade ou ao corte de relações entre Sporting e Benfica.
«Nós não acreditamos nem queremos ver o futebol como fator de divisão, de ódios pessoais, de guerrilha permanente, de violência ou de exclusão. Todos os atores e agentes de futebol, sejam jogadores, dirigentes e adeptos, têm o dever e obrigação de contribuir e fazer do futebol aquilo que ele sempre foi, independentemente do negócio que gera, um desporto maravilhoso que aproxima as pessoas e contribui para a alegria e amizade entre todos», declarou Fernando Gomes.
O presidente da FPF falava durante a apresentação de um jogo solidário entre as seleções de Portugal e Cabo Verde, cuja receita reverte para as vítimas do vulcão da Ilha do Fogo.
Na mesma cerimónia, o selecionador nacional Fernando Santos considerou negativo o corte de relações entre os dois principais clubes da capital.
«O futebol serve como fator de união, solidariedade e interligação entre os povos. Um corte de relações nunca é bom para ninguém. Não é bom na vida e não o será no futebol», afirmou o selecionador.
O jogo entre Portugal e Cabo Verde está marcado para 31 de março, no estádio António Coimbra da Mota, no Estoril, com início às 20h45.