O projeto "Sabão Cultural" arranca já em março e pretende recuperar a tradição do fabrico de sabão, que marcou a cidade na segunda metade do século dezanove e, ao mesmo tempo, formar 20 jovens provenientes de contextos sociais desfavorecidos para uma melhor inserção no mercado de trabalho.
No final da formação, cinco dos jovens terão entrada imediata para a empresa do fabrico de sabão. Os monumentos da Alta ou os colégios da rua da Sofia, Património Mundial da Humanidade, passam a estar disponíveis em sabão. Uma forma limpa e atrativa de levar Coimbra na bagagem.
Maria João Vieira, diretora executiva do CEIFAC quer aproveitar o aumento do fluxo turístico da cidade dos estudantes e atrair quem visita Coimbra através de «uma embalagem que tenha um design apelativo e o sabão com uma referência ao monumento ou à tradição de Coimbra». Com o sabão irá também uma bula, «que terá a descrição do monumento em várias línguas».
A venda deste sabão será feita na rua, com vendas ambulantes, mas também nos próprios museus, que terão a possibilidade de se verem espelhados no sabão.
O fabrico será realizado numa loja-oficina na zona alta da cidade, num espaço cedido pela Santa Casa da Misericórdia. Posteriormente, a intenção é integrá-lo num roteiro turístico. «É fácil integrar a loja-oficina num roteiro turístico. Pretendemos ainda fazer workshops para que os turistas possam meter a mão na massa», adianta.
Para assegurar a rentabilidade do negócio, além do sabão cultural haverá a produção de um sabão para uso corrente à venda em lojas e grandes superfícies. «Pensámos em criar outro sabão, como consumível, de qualidade, mas que as possam adquirir para consumo».
Este Projeto nasceu no CEIFAC - Centro Integrado de Apoio Familiar de Coimbra e recebe o apoio do Programa Escolhas E5G.