O PCP quer que o parlamento recomende ao governo a criação de uma unidade técnica que permita apurar os destinatários e beneficiários finais das verbas correspondentes aos fluxos financeiros que originaram o passivo da Espírito Santo International, bem como do crédito vencido atribuído pelo BES, pelo BESA e outras filiais.
Os comunistas defendem que esta unidade deve ser composta por especialistas em direito fiscal e em direito financeiro.
Miguel Tiago, coordenador o grupo parlamentar do PCP na comissão de inquérito ao BES, diz que o objetivo é que este grupo de especialistas possa ir mais além do que aquilo que é o raio de ação do trabalho feito pela comissão.
Os comunistas consideram que o mandato da comissão de inquérito (de 120 dias, e que pode ser prolongado por mais 90) não é suficiente e defendem que seja dado um prazo máximo de 2 anos para que a unidade apure o caminho feito pelo dinheiro.
A unidade deve apresentar relatórios periódicos ao Fundo de Resolução, ao Governo e ao Parlamento. Miguel Tiago garante ainda que esta proposta não se sobrepõe à comissão.
O parlamento debate o projeto de resolução no próximo dia 5 de março.