O presidente do CDS-PP e vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, sugeriu hoje que a solidariedade com a Grécia faria disparar os juros da dívida portuguesa e desceria a confiança no país.
Numa intervenção na abertura das «jornadas do investimento», promovidas pelo PSD e CDS-PP, ao lado do presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, Portas disse que o país não está «livre de incertezas» porque «há muitas crises no panorama internacional» que «representam riscos para a economia europeia e para as economias europeias como é a portuguesa».
«Uma boa pergunta em matéria de prevenção de riscos é esta: quem serve melhor a economia portuguesa? Quem soube proteger Portugal do contágio com situações de crise, que não dependem de nós mas nos podiam arrastar, ou aqueles que à primeira situação de crise noutro país correm a fazer solidariedade internacional que teria feito disparar os nossos juros e descer a confiança em Portugal?», interrogou.
Neste ponto do discurso, o presidente centrista não nomeou a Grécia, país relativamente ao qual, noutros passos da intervenção, quis vincar um contraste com Portugal, comparando os juros da dívida, por exemplo, e deixando mais questões.
«Alguém me consegue explicar a vantagem de misturar o que não deve ser misturado?», questionou.