Um apoio que não se resume aos empréstimos bilaterais. Pedro Passos Coelho disse no parlamento que Portugal é dos países europeus que mais "ajuda" tem prestado à Grécia. O primeiro-ministro lembra ainda as condições excecionais do empréstimo aos gregos.
Sobre o futuro da Grécia, Passos Coelho espera que «encontre um quadro que permita sair da independência extrema e reencontre a autonomia».
Respondendo a una questão de Jerónimo de Sousa, o primeiro-ministro sublinhou as «condições únicas» que a Grécia tem relativamente a outros países que foram intervencionados.
Passos Coelho lembra que durante dez anos, a Grécia não vai pagar juros aos credores, «só a partir de 2022». Por outro lado, todos os anos, os Estados devolvem os resultados dos títulos de dívida pública adquirida.
Para o chefe de governo, um terceiro empréstimo não é o caminho a seguir. Diz Passos que «a Grécia não terá facilidade em ter um terceiro pacote de ajuda».
Defendendo a estratégia seguida por Portugal, Passos diz que lhe cabe a defesa «dos interesses» do país e não «dos credores», sugerindo ao líder do PC que «alguma coisa na sua visão tem de ser revista». Passos Coelho referiu que a linha seguida pelo governo tem dado resultados, ao contrário daquilo que defendem os comunistas e que está a ser aplicado por outros.
Interpelado por Catarina Martins, o primeiro-ministro reafirmou que o objetivo dele é «defender os interesses de Portugal e não dos credores».
Passos acrescentou que no «dia em que a Grécia, sem o dinheiro dos outros, conseguir desenvolver política de crescimento económico», ele será o primeiro a apoiar o governo de Atenas e a posição defendida pela deputada do Bloco de Esquerda.
Com apoios externos, «até eu. Assim fazem todos. Assim também eu faço», rematou.