Saúde

Chefes de equipa da Urgência do Hospital do Litoral Alentejano demitem-se

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Os médicos que «têm assumido» a chefia de equipa da Urgência do Hospital do Litoral Alentejano (HLA), em Santiago do Cacém, recusaram hoje continuar à frente do serviço, invocando «degradação das condições de trabalho». Administração refuta esse cenário, mas admite «enorme» falta de médicos.

Numa carta dirigida hoje ao diretor clínico do hospital, a que a agência Lusa teve acesso, os médicos apontam «a degradação contínua das condições de trabalho no Serviço de Urgência, quer em termos de falta de material, quer em termos de falta de pessoal».

«Desconformidades sistemáticas da escala de urgência, nomeadamente do Atendimento Geral e do Atendimento Pediátrico», são também anomalias indicadas pelos clínicos, que consideram que «a degradação põe em risco a segurança dos doentes que recorrem ao Serviço de Urgência».

A Administração do Hospital do Litoral Alentejano reconhece que há falta de médicos no Hospital de Santiago do Cacém.

Em comunicado, a administração confirma que recebeu um abaixo-assinado em que 14 médicos se recusam a assumir a chefia da urgência.

A administração recusa que haja falta de material e degradação do serviço, mas admite uma «enorme falta de médicos».

Segundo a administração, o hospital precisa de 107 médicos , o que se reflecte no funcionamento da urgência e dos restantes serviços.

Os responsáveis hospitalares dizem que já se reuniram com alguns subscritores do abaixo assinado e que no encontro foram avançadas «eventuais soluções» para melhoria do serviço.

O hospital de Santiago do Cacém serve uma população de 100 mil habitantes em 5 municípios.