Isabel dos Santos enviou uma carta, ontem à noite, ao presidente executivo do CaixaBank, a Fernando Ulrich e a Nuno Amado onde formaliza uma proposta de fusão entre o BPI e o BCP. A notícia está a ser avançada pela edição online do jornal Diário Económico.
Na missiva, a empresária angolana apresenta uma alternativa à OPA do CaixaBank ao BPI. Isabel dos Santos propôs a criação do maior banco com sede em Portugal, e com posições em Angola, Moçambique e Polónia, gestão portuguesa e independente dos acionistas.
De acordo com a proposta, o novo banco passaria a ser controlado por Angola, através da Sonangol, accionista de referência do BCP, da própria Isabel dos Santos e do CaixaBank.
A agência Lusa acrescenta que a carta, que é assinada por Mário Leite Silva, administrador da Santoro e vogal do Conselho de administração do BPI.
Isabel dos Santos, que detém 18,6% do BPI, faz assim uma proposta que choca com os interesses da Oferta Pùblica de Aqusição (OPA) ao BPI por parte dos espanhóis do CaixaBank, que pretendem uma integração ibérica dos dois bancos, embora o BPI continue com a sua identidade própria, conforme disse o presidente do CaixaBank, Isidre Fainé.
A mesma fonte refere que se a fusão entre BPI e BCP se concretizar, a angolana Sonangol passaria a deter 13,52% da nova instituição financeira, os espanhóis do CaixaBank ficariam com 13,44% (têm 44,1% do BPI), Isabel dos Santos com 5,76% e a Interoceânico com 1,8%.
Ontem, o jornal Expresso avançou a notícia de que Isabel dos Santos tem vontade de avançar com a fusão do BPI e do BCP para travar a OPA apresentada pelo banco espanhol CaixaBank ao BPI.
A proposta de Isabel dos Santos é conhecida na véspera da reunião do conselho de administração do BPI.