No dia em que se realiza uma cimeira tripartida, em Madrid, para debater as interligações elétricas entre Espanha e França vamos até ao Alentejo. É lá que está instalada a maior central de energia solar da Europa.
O primeiro-ministro desloca-se hoje a Madrid para participar numa cimeira tripartida sobre energia. Com o presidente do governo espanhol e o presidente francês, Pedro Passos Coelho vai procurar acertar uma estratégia para a construção de redes energéticas entre a Península Ibérica e o resto da Europa com financiamento comunitário.
Em Portugal, o investimento nas energias renováveis praticamente parou nos últimos quatro anos. Mesmo assim, a central solar do Baixo Alentejo continua a ser a maior da Europa e está a produzir 93 Gigawatts hora por ano, equivalente ao consumo de 30 mil famílias.
Manuel Barbosa, que gere a central fotovoltaica da Amareleja diz que apesar da evolução tecnológica dos últimos anos, que permite ter painéis mais eficientes, não estão previstos novos investimentos para os próximos tempos.
Em termos financeiros, ainda faltam entre três a sete anos para o retorno dos 260 milhões de euros investidos na central fotovoltaica, que inclui uma fábrica de painéis que emprega uma centena de trabalhadores.
Mesmo assim, o presidente da Junta da Amareleja, António Gonçalves, diz que este investimento não foi suficiente para fixar as pessoas e combater a desertificação. O presidente da Junta da Amareleja considera que a localidade, ao contrário de Moura, não teve grandes benefícios com o negócio da central fotovoltaica.