Política

PR defende demolições nas zonas costeiras para «prevenir consequências indesejáveis»

josÉ Coleho/Global Imagens

Para Cavaco Silva, as ações de proteção da costa terão de passar por demolições, como o foi caso de S. Bartolomeu do Mar, em que foram demolidas 27 construções em zona de risco, mas também por mudança de hábitos das populações.

O Presidente da República defendeu hoje que é «urgente» adotar medidas preventivas e defensivas para travar a erosão costeira, apelando à elaboração de mapas de risco a nível local e à sua incorporação nos planos diretores municipais.

Cavaco Silva, que falava em Esposende, onde inaugurou a requalificada praia de S. Bartolomeu do Mar, sublinhou que as medidas são inevitáveis mas «podem ser impopulares», pelo que «deverão ser acompanhadas por uma pedagogia paciente, clara e objetiva».

O Presidente da República lembrou que a erosão tem modificado «de forma notória» muitas paisagens e põe em perigo habitações e vias de comunicação. «Impõe-se a elaboração de mapas de risco a nível local e a sua incorporação nos planos diretores municipais (PDM) dos municípios do litoral», defendeu.

Na sua intervenção, Cavaco Silva disse ainda que um «melhor ordenamento» do território, com centros das localidades reabilitados e «onde volte a haver vida», deve ser uma prioridade dos decisores políticos.

Nesta deslocação a Esposende, Cavaco ouviu aplausos, mas também ouviu os protestos da manifestação dos lesados do papel comercial do BES, que viajaram do Porto até Esposende, com quem a Casa Civil da Presidência esteve depois a conversar.