Internacional

O Estado Islâmico tem medo delas (em imagens)

Facebook/Female Fighters of Kurdistan

No norte da Síria e do Iraque, as mulheres combatentes na frente da batalha são um problema para o Estado Islâmico.

No norte da Síria, em Rojava, surgiram em 2012 as brigadas femininas do YPG (Unidades de Proteção do Povo), a milícia armada que combate o avanço do Estado Islâmico. São as YPJ, ou Unidades de Proteção Femininas.

São cerca de 7000 mulheres voluntárias, com idades entre os 18 e os 40 anos, que recebem o mesmo treino que os homens e combatem lado a lado com eles ou em batalhões exclusivamente femininos. Algumas são muçulmanas, outras cristãs, outras ateias, e para além da ferocidade no combate destes batalhões femininos, há algo nelas que enche os jihadistas do Estado Islâmico (EI) de terror: para os jihadistas, uma mulher armada é "haram", ou sacrilégio, e eles acreditam que se forem mortos por uma mulher, não entram no paraíso, como explica uma combatente numa entrevista ao Mirava News.

Tiveram um papel determinante do salvamento e realojamento dos milhares de Yazidis que foram encurralados no monte Sinjar pelo EI em agosto de 2014 e mais recentemente na reconquista de Kobane, em que foram mortos cerca de 1000 jihadistas, batalha em que receberam apoio dos "peshmergas" do Norte do Iraque e da coligação internacional contra o EI com ataques aéreos ao inimigo.

Tanto as mulheres do YPG na Síria, como as mulheres peshmergas no norte do Iraque são aconselhadas a suicidarem-se caso sejam capturadas pelos militantes do EI: às mãos dos jihadistas é certo que serão violadas e vendidas como escravas, se não forem decapitadas.

(Fotogaleria de Ana António. Fotografias via Facebook/Kurdish Female Fighters Y.P.J e Female Fighters of Kurdistan)