A autarquia de Faro quer retirar o Parque de Campismo da Praia de Faro e colocar no local um espaço de estacionamento. A câmara deu até final de abril para os utentes saírem mas eles não querem arredar pé e o caso promete ir a referendo.
O Parque não tem licença desde 2003, mas a câmara de Faro deixou lá ficar os utentes e, em 2010, fez um contrato com a Associação de Utentes para que estes gerissem o local. Contrato que quer agora denunciar.
«Daqui não saio, daqui ninguém me tira», é a atitude assumida pela a Associação de Utentes do Parque de Campismo da Praia de Faro.
A associação lamenta o que considera ser uma atitude anti-democrática do presidente da câmara e considera que a autarquia tem de dizer o que pretende fazer naquele espaço. Caso não chegue a acordo com a autarquia, a associação admite entrar com um processo em tribunal.
Esta Associação tem um contrato de comodato realizado com a câmara em 2010 onde se compromete a gerir o parque. Por sua vez, a autarquia colocou uma cláusula no documento que proíbe a entrada de novos campistas naquele espaço, visto que o parque não tem licença desde 2003 o que, segundo a associação, não foi bem visto pela população da cidade.
A oposição na autarquia (PS e PCP) votou contra e a proposta não passou. Mas o presidente da câmara, Rogério Bacalhau, insiste em levar o assunto novamente a debate. PSD e CDS garantem que se a proposta for chumbada, avançam para a realização de um referendo popular sobre esta questão.