Saúde

Greve: Sindicato dos Enfermeiros contesta serviços mínimos

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O Sindicato dos Enfermeiros (SEP) considera intolerável o número de profissionais exigidos para os serviços mínimos na greve de sexta-feira da Função Pública. O Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social mudou as regras do jogo para esta greve.

O Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social decretou que vão estar escalados o número de profissionais que estiveram de serviço em cada turno no domingo anterior. Tal significa que, na maior parte dos casos, vai aumentar o número de pessoas que são obrigadas a estar de serviço.

É uma decisão tomada para três sindicatos ( Federação da Função Pública, SEP e FESAP), mas os enfermeiros serão os mais afetados.

Até agora, o número de profissionais obrigados a fazer serviços mínimos era igual ao número de enfermeiros que estava de serviço à noite, ou seja, se nesse turno estivessem dois enfermeiros num determinado serviço, estariam também dois no turno da manhã e dois no turno da tarde. No entanto, com esta decisão tudo mudou.

Guadalupe Simões ,do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, não percebe esta imposição visto que os serviços mínimos até agora decretados nunca foram contestados nem pelas administrações dos hospitais EPE nem pelo Ministério da Saúde.

«É uma decisão intolerável», diz a dirigente, lembrando que em 20 anos nunca foi contestada a forma como os serviços mínimos eram realizados pelos enfermeiros.

Esta decisão do Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social vai alterar o panorama da greve marcada para amanhã. Pelo menos nos hospitais EPE, poderá aderir à paralisação um menor número de profissionais.