Dezenas de pessoas invadiram hoje pela segunda vez as instalações do Novo Banco, em Viseu, onde se deitaram e acorrentaram para reclamar os seus direitos, exigindo o dinheiro investido em papel comercial no Banco Espírito Santo (BES).
De cartazes em punho e gritando várias palavras de ordem, dezenas de pessoas regressaram às instalações do Novo Banco, em pleno coração da cidade de Viseu, por volta das 14:00.
Durante aproximadamente uma hora, alguns lesados - que reclamam o resgate das poupanças de uma vida, investidas em papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES), adquirido nos balcões do BES - permaneceram no interior da dependência bancária, enquanto outros continuaram à entrada, até perto da hora do encerramento ao público.
A poucos minutos das 15:00, as várias dezenas de lesados concentraram-se no interior das instalações do Novo banco, com alguns a deitarem-se ou a sentarem-se no chão, enquanto outros se acorrentaram.
Por mais de meia hora, gritaram "queremos o nosso dinheiro", "o banco é nosso", "em cada balcão há um aldrabão", até que os agentes da PSP conseguissem que abandonassem o edifício. Um dos lesados acabou por sofrer um mal-estar ainda no interior da dependência bancária, tendo necessidade de receber assistência médica por parte do INEM.
Já ao final da manhã de hoje, mais de uma centena de pessoas invadiram as instalações do Novo Banco, em Viseu, onde permaneceram cerca de 45 minutos, para depois manterem o protesto à entrada, ocupando a estrada que passa por detrás da Câmara Municipal de Viseu.
Os lesados tentaram também, sem sucesso, invadir a delegação do Banco de Portugal. A entrada no Banco de Portugal, em Viseu, foi impedida pela PSP. Pouco depois, os lesados invadiram também as instalações do Millenium BCP e do Montepio, em Viseu.