Ambiente

Morte de fêmea de lince é normal

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Uma responsável do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) considerou hoje normal a morte da fêmea de lince ibérico libertada na natureza e garantiu a continuação do programa de reintrodução da espécie.

«É perfeitamente normal, da mesma forma que temos índices de natalidade, termos índices de mortalidade quando falamos de populações de ser vivos. Portanto, é absolutamente normal que haja mortalidade, seja de causas naturais, seja por outro tipo de causas», explicou Sofia Castelo Branco, vogal do conselho diretivo do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

«Vamos continuar com o centro nacional de reprodução em cativeiro de Silves a funcionar, vamos continuar a reintroduzir animais na natureza e temos de estar preparados para que episódios destes ocorram», salientou Sofia Castelo Branco.

A responsável do ICNF referiu que não foram encontrados indícios ou sintomatologia que permitissem perceber que a fêmea de lince tenha sido atacada e só os resultados da necrópsia, que se deverá realizar hoje, podem esclarecer quais as causas da morte.

«Não tínhamos qualquer sinal de alarme e temos estado ali a fazer uma apurada vigilância aos animais que têm vindo a ser reintroduzidos na natureza e [a fêmea Kayakweru] na véspera foi avistada», descreveu a responsável do ICNF.

Atendendo à metodologia utilizada para acompanhar estes animais, «parecia estar a comportar-se naturalmente», avançou Sofia Castelo Branco.

No âmbito do programa estabelecido entre Portugal e Espanha para a conservação desta espécie em vias de extinção já foram reintroduzidas várias dezenas de animais, sobretudo pelos parceiros espanhóis. Sofia Castelo Branco salientou que um terceiro casal de linces está no cercado de transição e, assim que os especialistas considerarem que estão preparados, ou com o comportamento de adaptação adequado, serão libertados.