Foi uma subida em flecha. Nos dois primeiros meses do ano foram solicitados 136 pedidos de asilo em Portugal. A presidente do Centro Português para os Refugiados, Teresa Tito de Morais fala em números nunca vistos.
A maioria dos pedidos do estatuto de refugiado são de cidadãos da Ucrânia, logo seguido de Marrocos e do Paquistão. Quanto aos ucranianos, a resposta social torna-se mais fácil porque muitos deles têm em Portugal apoio de famílias ou de amigos. Não precisam por isso de alojamento, o que é menos um problema para o chamado Grupo Operativo, que incluiu a Segurança Social.
O grupo deveria dar respostas para quando os refugiados saem do centro da Bobadela, mas de acordo com Teresa Tito de Morais, este grupo não está a responder como deveria. Em especial os centros regionais de Segurança Social que não estão a colocar refugiados nos diferentes distritos, como prevê o atual regime.
Dos mais de quatrocentos pedidos que deram entrada no ano passado, apenas cem refugiados foram colocados nos diferentes distritos. Entretanto, o Centro Português de Refugiados está à espera que Bruxelas aprove um novo quadro de financiamento até ao ano 2020.
Além das grandes zonas de conflito há também refugiados políticos que pedem asilo em Portugal. Neste momento as autoridades estão a avaliar vistos de refugiados para quatro cidadãos chineses que alegam perseguição política e nove marroquinos que se queixam de homofobia.