Maria Luís Albuquerque diz que essa estratégia, que pretende gerar investimentos de mais de 300 mil milhões de euros na economia europeia, só terá benefícios efetivos se todos os Estados-membros «sem exceção» participarem nas reformas.
«Apenas haverá benefícios efetivos se todos os Estados-membros participarem nas reformas. Todos sem exceção. Para o mercado europeu ser realmente único, cada país tem de implementar as transformações necessárias no seu próprio território», afirmou a ministra sem especificar nenhum país em concreto.
A declaração faz parte do discurso que proferiu no encerramento da conferência "Relançar o investimento em Portugal", organizada hoje em Lisboa pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e pela Comissão Europeia para apresentar o chamado "Plano Juncker".
Durante a intervenção, a ministra de Estado e das Finanças disse ainda que «a promoção do investimento não é suficiente», reiterando que o que importa é garantir que esse investimento se realiza e chega à economia real.
«A promoção de investimento por si só não garante que este investimento se concretiza. Embora a mobilização de financiamento seja fundamental para colocar um programa de estímulos em prática, é a ação política que deve garantir que esse financiamento chega à economia real», afirmou Maria Luís Albuquerque.
Para a governante, a criação e o acompanhamento deste programa é da responsabilidade das instituições europeias, cabendo aos Estados-membros nacionais «a construção de um ambiente de negócios amigo do investimento».
Maria Luís Albuquerque destacou que «o sentido de emergência diminuiu visivelmente» em Portugal, mas alertou que «a ambição e a determinação não podem esmorecer» e que «ficar para trás não é opção nem para Portugal nem para a Europa», reiterando que o Governo «tem a determinação que se exige» para continuar a implementar as reformas necessárias.
Ao início da tarde, na mesma conferência, o vice-presidente da Comissão Europeia Jyrki Katainen afirmou que Bruxelas espera que Portugal apresente reformas «ambiciosas» para responder às fraquezas económicas que persistem, alertando que «não há margem para complacência».