É uma das maiores e mais endividadas autarquias do país. Vila Nova de Gaia tem 170 km2 e 230 milhões de euros de dívida. Eduardo Vítor Rodrigues tem andado de freguesia em freguesia a conhecer os problemas duma cidade onde são notórias as diferenças entre o litoral urbano e o interior rural.
Presidente e comitiva chegam num enorme autocarro à Escola Básica de Curvadelo, na freguesia de Serzedo.
Eduardo Vítor Rodrigues entende que estas presidências abertas fazem parte do trabalho de um autarca.
«Para tomarmos boas medidas, precisamos de conhecer profundamente o que se está a passar no território. Não são visitas de exibicionismo, mas de indagação de problemas», explica à TSF.
O presidente da câmara ouve, faz perguntas, anda de caderno na mão, anota as diferenças desta zona interior, mais rural, para a zona litoral e urbana de Gaia, uma cidade com quase 170 km2, que tem «quatro vezes e meia a área do Porto, mais população que o Porto, uma heterogeneidade enorme».
O autarca destaca as diferenças: «Passamos da orla urbana para o interior e percebemos que estamos perante um pequeno país».
O silêncio pacato de Serzedo é interrompido pelo barulho da Alfatubo. Na fábrica de tubagens, Eduardo Vítor faz mais uma paragem desta presidência aberta.
Emprego e educação são as duas prioridades do autarca.
Num município que tem uma dívida a rondar os 230 milhões de euros, Eduardo Vítor quer investir seletivamente: «Neste momento, nem o município nem o país precisam de megalomanias só para exibir o autarca local».
O foco é tentar ajudar as empresas do concelho e as escolas, numa cidade que, à semelhança do país, tem muita gente no litoral e o interior quase desertificado. A Escola Básica de Curvadelo é bem exemplo disso. Tem apenas 33 alunos.