A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, considerou hoje "francamente muito positivo e animador" o valor de 4,5% de défice orçamental hoje anunciado pelo INE (Instituto Nacional de Estatística) que, disse, "reforça a confiança" na meta para 2015.
«Os números que foram publicados hoje do défice de 2014 são melhores que aquilo que era a nossa previsão, ficamos para lá da meta que tínhamos estabelecido, tivemos um resultado melhor», afirmou Maria Luís Albuquerque.
Para a ministra «este resultado é francamente muito positivo e animador e reforça a nossa confiança na meta de défice para este ano de 2015».
«E é fundamental destacar que, em termos daquilo que é o nosso ponto de partida para 2015, não são os 4,5%, porque aí estão quase 0,9 pontos de operações que não têm consequência para a frente e que decorrem da nossa decisão de assumir dívida dos STCP e da Carris para poder continuar o processo de reestruturação das empresas», explicou.
O défice orçamental fixou-se nos 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE), na primeira notificação do ano enviada a Bruxelas ao abrigo do Procedimento dos Défices Excessivos (PDE).
O INE refere que, em contas nacionais, a necessidade de financiamento das Administrações Públicas em 2014 se situou em 7.822,3 milhões de euros, o que corresponde a um défice de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB), «traduzindo uma melhoria comparativamente com o resultado verificado em 2013», ano em que o défice orçamental foi de 4,8% do PIB (ou 8.180,9 milhões de euros).
No entanto, destaca que os valores para 2014 «não incluem qualquer impacto no saldo global das Administrações Públicas decorrente da capitalização do Novo Banco por parte do Fundo de Resolução», argumentando que, como a venda ainda não ocorreu, «não existe informação suficiente para avaliação final da operação de capitalização».
Esta revisão em alta do valor do défice previsto para 2014 foi justificada com a inclusão nas contas do financiamento do Estado à STCP e à Carris e do perdão do empréstimo ('write-off') que a Parvalorem detinha sobre o BPN Crédito.