Depois de António Costa e Paulo Portas, foi a vez da líder do Bloco de Esquerda viajar até à Madeira. Catarina Martins acredita que «se o BE eleger o segundo deputado pode tirar maioria absoluta ao PSD» nas eleições de 29 de março.
Numa arruada, no centro do Funchal, Catarina Martins mostrou-se confiante na regresso do Bloco ao parlamento, depois de, em 2011, o partido não ter conseguido eleger nenhum deputado: «Sente-se uma grande necessidade que o Bloco volte». E a líder acrescenta: «O objetivo do BE é eleger um grupo parlamentar e é, com a sua eleição, tirar a maioria absoluta ao PSD».
Roberto Almada, coordenador do BE regional e cabeça de lista, diz mesmo que «os estudos de opinião dizem que é possível o Bloco crescer e que é possível Miguel Albuquerque não ter maioria absoluta». As últimas sondagens dizem que o Bloco volta ao parlamento com 1 a 2 deputados.
Aos jornalistas, Catarina Martins disse ainda não querer uma campanha feijão-frade, de duas caras, em relação a matérias como a dívida pública: «O Bloco é talvez o único partido que nunca assumiu uma posição na Madeira que não fosse capaz de respeitar no continente».
E deixou um recado aos restantes partidos: «Quando defendemos a renegociação da dívida na Madeira também defendemos uma renegociação da dívida do país. E essa é talvez uma pergunta que deva ser feita aos partidos que prometem fazer diferente do que foi feito até agora, mas que, quando vamos ao que conta, de facto, os seus compromissos são com os de sempre».
A coordenadora do BE reagiu ainda aos dados do Instituto Nacional de Estatística, que mostram que o défice público em 2014 foi de 4,5%, um valor inferior à meta apontada pelo governo, que era de 4,8%. Catarina Martins diz que os números provam que «os sacrifícios não valeram a pena».