O secretário de Estado do Turismo destaca o recuo da Câmara de Lisboa na intenção de cobrar uma taxa turística aos passageiros desembarcados no aeroporto de Lisboa, com reservas sobre a decisão da ANA de assumir esse pagamento.
«A Câmara de Lisboa recuou na decisão de cobrar uma taxa turística aos passageiros desembarcados em Lisboa, dando ouvidos aqueles que no setor do turismo e também no Governo chamaram a atenção para a inoportunidade da taxa e para a impraticabilidade da sua cobrança no aeroporto», afirmou à Lusa o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes.
O governante adiantou que «o efeito da substituição da taxa turística por uma comparticipação suportada pela ANA só poderá ser avaliado depois de sabermos onde é que a ANA vai deixar de investir para suportar os custos pedidos pela Câmara de Lisboa».
A ANA vai assumir a partir de abril o pagamento da Taxa Turística criada pela Câmara Municipal de Lisboa, num valor entre 3,6 a 4,4 milhões de euros. O acordo resulta de um protocolo assinado na segunda-feira, dois dias antes de entrar em vigor - a 1 de abril -, e implica que a Taxa Turística não seja cobrada individualmente a cada turista que chegue à capital através de avião, sendo antes paga pela ANA - Aeroportos.
A criação de uma Taxa Turística em Lisboa foi aprovada pela Câmara Municipal em dezembro passado e previa a cobrança de um euro a quem chegasse ao aeroporto ou ao porto da capital e sobre as dormidas. A metodologia de cobrança foi, no entanto, alterada, sendo que, durante este ano, a responsabilidade do pagamento será apenas da gestora de Aeroportos.