São as conclusões preliminares de uma vistoria feita por cientistas, Câmara de Sesimbra e Instituto da Conservação da Natureza. Autoridades prometem, no entanto, continuar a acompanhar o impacto da explosão que aconteceu há uma semana numa pedreira que funciona em pleno parque natural.
A explosão que há uma semana se ouviu em grande parte da Península de Setúbal e da Grande Lisboa parece não ter deixado marcas na fauna, flora e geologia do Parque Natural da Arrábida. Estas são as primeiras conclusões de uma vistoria feita, entre outros, pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Proteção Civil e Câmara de Sesimbra.
O vereador com o pelouro da proteção civil explica que as maiores preocupações estavam em avaliar a estabilidade das arribas da Serra do Risco, mas também a saúde da comunidade de morcegos e das águias-de-bonelli. Nomeadamente porque Francisco Luís sublinha que a explosão aconteceu em pleno parque natural.
O autarca conta que a primeira avaliação concluiu que, «felizmente», nada foi afetado na fauna, flora e geologia da zona. O que não significa que não apareçam consequências nos próximos dias, semanas ou meses, pelo que as autoridades vão continuar a avaliar e vistoriar o território.
Entretanto, a Câmara de Sesimbra quer que a autarquia e o ICNF passem a ser avisados das queimas ou explosões feitas nas pedreiras da Arrábida. O vereador sublinha que estamos a falar de áreas «protegidas e sensíveis», pelo que vai pedir uma reunião com as entidades envolvidas de forma a garantir que esses avisos acontecem, apesar de não estarem previstos na lei.
Esta explosão numa pedreira da Arrábida, resultado de uma queima que se descontrolou, foi ouvida em grande parte da Península de Setúbal e da Grande Lisboa. Segundo a autarquia, até agora foram perto de uma dúzia as pessoas que apresentaram queixas na GNR do concelho de Sesimbra. Em causa estão, sobretudo, prejuízos relacionados com a quebra de janelas.