Pedro Mota Soares anunciou no parlamento que vão ser criados dois programas de formação para inclusão no mercado de trabalho. O Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social escolheu dois "alvos" para estas ações, que abranger 13 mil pessoas.
Com baixa escolaridade e baixas qualificações ou imigrantes. São estes os "alvos" dos novos programas de formação que o governo vai lançar com o intuito de tentar integrar no mercado de trabalho cerca de 13 mil beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI).
A notícia foi avançada esta manhã pelo Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. No parlamento, Pedro Mota Soares anunciou que estes programas de formação devem começar a funcionar ainda durante o primeiro semestre, ou seja, até ao mês de junho.
Perante os deputados, na Comissão de Segurança Social e Trabalho, Mota Soares explicou que durante a formação, vão ser proporcionadas aos desempregados «melhores qualificações escolares e profissionais». Relativamente aos imigrantes, o programa "Português para todos" pretende ajudar a quebrar as barreiras linguísticas na hora de procurar um emprego., por parte dos cidadãos estrangeiros que vivem no país.
Os dois programas, com vista o combate ao desemprego, serão da responsabilidade do Instituto do Emprego.
Pedro Mota Soares sublinhou a este propósito que "pouco foi oferecido" aos beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) «além da própria prestação».
«Relembro que cerca de 60 mil beneficiários de RSI, com idade e capacidade para trabalhar, nem sequer estavam inscritos no IEFP, não fosse pesar nos dados do desemprego", afirmou, destacando que "só com este Governo" essas pessoas "foram apoiadas nesse sentido" e que este plano é uma "oportunidade de reingresso no mercado de trabalho».
O ministro do Emprego avançou ainda que até julho vão estar abertas as candidaturas à empregabilidade a tempo parcial.
Em outubro de 2014, o Governo anunciou que iria gastar 8,1 milhões de euros com o Programa de Incentivo à Empregabilidade Parcial de Pais, que prevê ainda que os desempregados de longa duração possam substituir os pais que optem por trabalhar a tempo parcial.
Durante a sua audição, a deputada socialista Idália Serrão referiu-se à «prosa muito escorreita» e ao «ar muito bonzinho» do ministro, mas acusou-o de não refletir a realidade dos portugueses e «de estar do lado errado da Segurança Social e do emprego».
Em resposta, Mota Soares falou do combate ao desemprego efetuado pelo Governo e devolveu as acusações, afirmando que quem definiu «que o salário mínimo durante o período de ajustamento não podia ser aumentado foi o Governo liderado por José Sócrates», assim como o «congelamento das pensões mínimas sociais«.