Falar sobre eleições presidenciais continua a ser um assunto "tabu" para António Guterres. O português mantém o mistério sobre uma eventual candidatura a Belém. Em declarações à TSF, Guterres prefere destacar a importância de ser solidário com a Grécia.
O mandato no Alto Comissariado da ONU para os refugiados termina no final do ano, mas esta quinta-feira, à margem de um encontro com Jean-Claude Juncker, Guterres voltou a não querer falar do tema das eleições presidenciais em Portugal.
Ao início da tarde, em declarações à TSF, em Bruxelas, Guterres aceitou falar apenas de questões humanitárias, tendo indicado que «tem de haver solidariedade» com a Grécia, nomeadamente em matéria de imigração.
Guterres considera que a Grécia não pode ficar isolada e apela à solidariedade europeia com Atenas para que o país possa resolver os problemas dos imigrantes e dos refugiados, mas também defende que a Grécia têm de fazer a parte que lhe cabe.
António Guterres desvaloriza as recentes afirmações do ministro grego da defesa, que ameaçou relaxar o controlo de fronteiras, permitindo a entrada de terroristas na Europa se não fosse concedido apoio financeiro à Grécia.
O alto comissário para os refugiados critica ainda um sistema europeu de asilo que não funciona e lamenta que existam 28 políticas de imigração diferentes na União Europeia.