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Líderes europeus marcam reunião de urgência para quinta-feira

Darrin Zammit Lupi/ Reuters

Os líderes europeus vão reunir-se de urgência quinta-feira, para debater a questão da migração ilegal. Esta tarde Pedro Passos Coelho defendeu que os países europeus devem cooperar com os países do Magrebe.

O anuncio da cimeira extraordinária foi feito esta tarde por Donald Tusk, o presidente do Conselho Europeu, horas depois de uma apelo nesse sentido da comissária Federica Mogherini e do governo italiano.

Pedro Passos Coelho espera que saiam algumas medidas do Conselho Europeu extraordinário desta semana.

«Teremos, muito provavelmente, esta semana a ocasião de reunir ao nível do Conselho Europeu de forma extraordinária para analisar esta situação e para, muito provavelmente, tomar novas medidas», declarou Pedro Passos Coelho, considerando que «ninguém com certeza convocaria uma reunião para fazer uma mera reflexão» e que «alguma decisão há de ser tomada».

Em conferência de imprensa, no final da XII Cimeira Luso-Marroquina, em Lisboa, o primeiro-ministro português defendeu que a União Europeia deve tratar «esta questão da imigração ilegal» como «um problema de todos» os Estados-membros, acrescentando: «Isso significa, portanto, que os meios que estão à disposição para evitar estas tragédias possam ser reforçados».

Esta segunda-feira Bruxelas disse estar em profundo choque e tristeza com os acontecimento no Mediterrâneo e voltou a exigir ações, para que se encontrem soluções para os problemas que estão na origem dos naufrágios. O porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas considera que o problema diz respeito a toda a Europa e às instituições.

«Este não é um momento em que este problema deva ser visto como um problema de uns e não de outros. É um problema de todos».

O porta-voz insiste que os estados-membros têm de agir de forma imediata.

«A Europa tem um papel a desempenhar - os Estados membros e as instituições. [Os Estados] não serão deixados sozinhos a fazer o que lhes cabe internamente. Tanto é que, se há a necessidade de uma ação conjunta, o momento força a que haja a necessidade de uma resposta unificada europeia. Mas, é preciso que esta resposta unificada europeia seja partilhada por todos».

Bruxelas manifesta choque e tristeza perante os naufrágios no mediterrâneo. «Estes trágicos acontecimentos deixam-nos profundamente chocados e tristes. É uma situação que acontece nas nossas fronteiras e que não pode deixar ninguém indiferente.»

Bruxelas promete ainda manter as operações de patrulha e de busca e salvamento no mediterâneo.