O PS garante que não há visto prévio, não há proposta concreta e não há possibilidade de chumbo. O Bloco de Esquerda dita a morte da proposta. O Sindicato de Jornalistas repudia condições propostas por PSD, CDS/PP e PS.
Inês de Medeiros afirmou no Fórum TSF, que não há razão para tanto alarme nas alterações à cobertura noticiosa das eleições.
A deputada do PS garante que o visto prévio nunca esteve em discussão, nem o Partido Socialista poderia associar-se a uma proposta nesse sentido.
Diz Inês de Medeiros que o que está em debate é que sejam os órgãos de comunicação social a dizer qual a estratégia que querem seguir, garantindo que esse plano não pode ser em caso algum chumbado.
De resto, a deputada socialista referiu que ainda não há nenhuma proposta concreta. O que existe é um debate e uma reflexão para serem resolvidos para os quais foi pedida ajuda ao parlamento. Em causa, a questão dos debates e a revogação das restrições da lei de 75, que está em vigor.
O Bloco de Esquerda, também no Fórum TSF afirmou que a proposta nasceu ontem, mas morreu hoje.
José Soeiro, deputado bloquista, refere que a proposta não tem soluções positiva. O partido promete lutar pela igualdade de oportunidades de todos os partidos políticos.
O PCP diz que não entende sequer qual é o objetivo desta proposta de alteração de lei. O deputado João Oliveira defende que deve continuar a ser a Comissão Nacional de Eleições a fiscalizar nos atos eleitorais, incluindo o trabalho jornalístico.
O Sindicato dos Jornalistas repudia a proposta e rejeita os termos do acordo entre os partidos da maioria e o PS.
Anabela Natário, vice-presidente do sindicato, diz à TSF que os moldes propostos fazem lembrar outros tempos referindo que " a pouco dias do 25 de abril" não faz sentido apresentar um projeto-lei com estes contornos.
Acrescenta Anabela Natário que tal "não deve existir" e isto na prática traduzir-se-ia num controlo absoluto dos meios de comunicação social.
A TSF escutou, ainda, João Almeida, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, que afirmou que a CNE não foi consultada sobre esta proposta, por isso desconhece o seu conteúdo, logo não comenta o assunto.
Também Pedro Lynce, o deputado do PSD que é presidente da Comissão Parlamentar de Ética, não quer pronunciar-se sem antes analisar a proposta.