Consideram que o projeto, avançado por PSD/CDS e PS, é "uma ingerência inaceitável e perigosa do poder político na liberdade editorial".
Em comunicado conjunto, os 20 diretores de jornais, rádios, televisões e agência noticiosa afirmam que "o projeto (PSD/CDS-PP e PS), que define as regras da cobertura noticiosa em período eleitoral, viola clara e objetivamente os princípios essenciais do jornalismo e a liberdade editorial".
Para justificar a sua posição, aqueles jornalistas adiantaram vários argumentos, como o de o projeto "confundir trabalho jornalístico com propaganda, noticiários com tempos de antena" e de "instrumentalizar os órgãos de comunicação social como palco de promoção dos agentes políticos.
Os subscritores do comunicado entendem que "o exercício da atividade dos órgãos de comunicação social assenta na liberdade e na autonomia editorial" e que "o direito a informar dos jornalistas e o direito de os cidadãos serem informados não podem ser condicionados nem limitados pelo poder político".
Depois de exprimirem o desejo de verem a Assembleia da República a "defender os valores da liberdade e da democracia e rejeitar liminarmente todas as tentativas de os limitar e condicionar", estes diretores garantiram que "não se demitirão de respeitar e de exigir respeito pelos seus direitos e deveres constitucionais de informar com sentido de responsabilidade, levando este imperativo até às últimas instâncias".
O texto é assinado pelos diretores de Correio da Manhã, Diário de Notícias, Diário Económico, Expresso, i, Jornal de Negócios, Jornal de Notícias, Lusa-Agência de Notícias de Portugal, Observador, Público, Rádio Renascença, RDP, RTP, Sábado, SIC, SIC Notícias, Sol, TSF, TVI e Visão.