Política

Presidenciais 2016: Uns a sério, outros a brincar, muitos querem ser candidatos

Palácio de Belém Global Imagens/Gustavo Bom

No dia em que António Sampaio da Nóvoa faz o anúncio oficial de que vai concorrer à sucessão de Cavaco Silva, passamos em revista os que já fizeram o mesmo, ou se movimentam para também entrar na corrida a Belém.

Henrique Neto foi o primeiro a dizer que vai a jogo. O empresário, militante do PS e deputado entre 1995 e 1999, tem 78 anos e apresentou-se no dia 25 de março no padrão dos descobrimentos. Diz que vai propor ao eleitorado uma visão estratégica para o país " com coisas claramente de esquerda e outras claramente de direita".

O segundo a dizer presente foi Paulo Freitas do Amaral. Tem 36 anos e é presidente da junta de freguesia de Cruz Quebrada-Dafundo, em Oeiras. Diz que vem para fazer uma "reaproximação das pessoas à política", tendo como público-alvo os jovens. É primo de Diogo, o outro Freitas do Amaral que perdeu para Mário Soares a presidenciais em 1986.

Depois, a 18 de abril, foi a vez de Paulo Morais. O antigo número dois na câmara do Porto tem 52 anos E é professor universitário. Na apresentação da candidatura, no café Piolho, pôs no topo da proposta política com que se apresenta a luta contra a corrupção, temática de que é paladino há vários anos.

Juntaram-se, entretanto, Orlando Cruz, antigo candidato a variadíssimos cargos, que se define como um "político hilariante e incomodativo", e Castanheira de Barros, advogado de Coimbra, militante do PSD, e também frequente protagonista de anúncios de candidaturas.

Há ainda Cândido Ferreira, um ex-militante do PS que é medico de profissão e que no dia 25 de abril foi à terra dele, Cantanhede, anunciar que será ele o concorrente "do povo, com o povo e para o povo".

Quem também quer que o nome dele apareça no boletim das presidenciais é Manuel Almeida, que se revelou para a política nas ultimas autárquicas. Talvez se lembre dele do Youtube, onde ficou conhecido como o "Ninja de Gaia". Esta sexta-feira toma o pulso ao entusiasmo à volta dele, conta espingardas, com um jantar numa churrascaria da cidade da margem sul do Douro.

E não podia faltar um clássico: Manuel João Vieira também quer ir a votos, está a recolher assinaturas na internet: "Auxiliai o Vieira", pede ele.

São estes os nomes dos que, uns a brincar, outros a sério, outros, digamos, para não levar muito a sério, já disseram que tem Belém no horizonte.

Entretanto, quanto a pesos pesados, ainda não há certezas. À direita, aguardam-se manifestações de vontade de três nomes, todos do PSD: Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Rio e Pedro Santana Lopes. Mas os três estão a gerir, e não se sabe até quando o farão, os movimentos e sinais uns dos outros.

À esquerda, na área do PS, e depois das hipóteses Jaime Gama e, sobretudo, António Guterres definitivamente afastadas, fala-se de dois nomes: António Vitorino e Maria de Belém.

Desse lado do espetro, mas ainda mais à esquerda, há ainda um nome que pode ter uma palavra a dizer e vir a baralhar o xadrez. Chama-se Manuel carvalho da silva, o antigo líder da CGTP, que há dois meses disse que, embora não viva obcecado com uma candidatura a Belém, está disponível para avançar.