O primeiro-ministro diz que está em causa "o futuro da empresa" e pede à generalidade dos pilotos que se demarque da greve.
A acusação de Passos Coelho saiu direta para o sindicato de pilotos: estão a pôr em causa o emprego na TAP e o futuro da empresa.
"Como é que é possível", questiona o primeiro-ministro, "que 41 anos depois do 25 abril, vivendo num regime democrático, meia dúzia de pessoas, um sindicato que tem contra si quase todos os sindicatos da empresa, possa por em risco o futuro da empresa, do emprego daquela empresa, de muitas empresas em Portugal que vivem porque a TAP cumpre uma missão importante no hub de Lisboa?".
No jantar dos Trabalhadores Social Democratas para comemorar 1º de maio, no Porto, o primeiro-ministro elogiou sindicatos de forma generalizada, lembrou acordos na concertação social e criticou o timing desta greve: "Tenho pena que tenham escolhido o 1º de maio para fazer um exercício tão pouco digno e pedagógico do que deve ser o direto à greve".
Depois, revelou a expectativa de que "a generalidade dos pilotos da TAP não se reveja na posição do seu sindicato e daí tire as suas consequências e faça o que o sindicato não teve flexibilidade para fazer: desconvocar aquela greve".
Passos pede por isso que os pilotos possam "permitir que a TAP continue a voar".