Depois de o PS ter pedido ao Governo para travar o processo de privatização da empresa, o secretário de Estado vem acusar a oposição de estar a misturar questões diferentes.
O secretário de Estado respondeu às críticas da oposição. Ainda ontem António Costa pedia ao governo para travar a segunda fase de privatização da TAP e para procurar o consenso sobre a solução que possa viabilizar a companhia. Sérgio Monteiro considera que a oposição tenta misturar dois problemas que não devem ser misturados nesta altura.
"Julgo que estarmos neste momento a confundir a discussão sobre a greve, fundamentos da greve, legitimidade desses fundamentos e processos de privatização é procurar lançar uma nuvem de fumo sobre o que está a acontecer", atira o governante, fazendo questão de frisar que "o que está em causa é uma greve que põe em risco a subsistência da empresa no curto prazo", enquanto "a privatização pretende resolver um problema no longo prazo".
Ouvido no Fórum TSF, Sérgio Monteiro sublinha ainda que a grave situação financeira da transportadora aérea não era, no entanto, motivo para decretar a requisição civil, ao contrário do que aconteceu na greve do final do ano. "Em dezembro, dissemos que não havia alternativas para que uma época crítica - natal e ano novo - pudesse ser aproveitada pelas famílias, mas não podemos fazer requisições civis sempre que a subsistência de uma empresa está em risco", considera.
Sérgio Monteiro recordou também aos pilotos da TAP e da Portugália que eles são responsáveis pelo que acontecer aos postos de trabalho deles e dos restantes trabalhadores da companhia.
O secretário de Estado conclui que os 70% de voos realizados nestes dias de greve mostram uma evidencia: "Os números são eloquentes da resposta que os profissionais deram a uma greve em que muitos não se reveem".
Sérgio Monteiro diz que as expectativas otimistas que tinha de início de uma baixa participação dos pilotos na greve têm sido ultrapassadas, mas isso não transforma num futuro mais risonho o futuro da TAP.