Até esta segunda-feira, a greve dos pilotos custou à companhia aérea quase oito milhões e meio de euros. São quase três milhões por dia, sem contar com as despesas acrescidas com os passageiros.
"Em cada um dos dias de greve que já foram efetuados, a TAP terá registado perdas de receita de 2,8 milhões de euros por dia. Isto dá um total nos primeiros três dias de 8,4 milhões de euros", adiantou o porta-voz da companhia aérea, André Serpa Soares, no Fórum TSF.
André Serpa Soares explicou ainda que estes valores não incluem "todas as proteções que a TAP tem de fazer aos seus clientes, nomeadamente, reencaminhá-los para outras companhias aéreas, o que é uma despesa acrescida. Despesas com alimentação, com hotéis. Também não compreende aquilo que se poupa em combustível e aquilo que também não é pago em termos do que será a folha salarial dos pilotos que aderem a esta greve".
O porta-voz reagiu também no Fórum TSF às acusações do Sindicato dos Pilotos, garatindo que "a TAP cumpre escrupulosamente as normas de segurança de voo e os tempos obrigatórios de descanso dos seus pilotos. Os próprios pilotos são os primeiros a não violar os seus tempos de descanso obrigatório. Portanto, essa alegação por parte do sindicato penso que é quase um insulto ao brio profissional e à responsabilidade profissional dos pilotos que o sindicato também representa".
Ontem, o Sindicato dos Pilotos anunciou que vai apresentar queixa à Autoridade Nacional de Aviação Civil e acusou a TAP de sacrificar o descanso dos pilotos que não aderiram à greve, estando inclusive a chamar pilotos que se encontram de férias.