Educação

IAVE acusa Mário Nogueira de atuar de "má-fé"

Lusa/António Cotrim

No dia em que mais de cem mil alunos vão fazer a prova escrita de Cambridge, a FENPROF faz queixa nas autoridades. O IAVE acusa Mário Nogueira de má-fé. E desmente tudo.

A prova de Cambridge está marcada para as 14 horas para mais de cem mil alunos. Uma hora depois é a vez de a FENPROF entregar na Polícia Judiciária, uma queixa contra o IAVE, o Instituto de Avaliação Educativa.

O dirigente Mário Nogueira tem preparado um dossier com documentos relativos à prova de Inglês, incluindo os emails dirigidos aos professores pelo IAVE. O instituto terá prometido aos docentes um desconto na Livraria Britânica em troca de publicidade a manuais de preparação para este teste, que é obrigatório para todos os alunos do 9º ano.

Em declarações à TSF, Mário Nogueira diz que os professores não são vendedores de livros, como o IAVE parece sugerir nos emails enviados. O Secretário-Geral da FENPROF esclarece, ainda, que já pediu explicações ao Ministério da Educação sobre estes emails, mas ainda não obteve qualquer resposta. Perante isto vai hoje apresentar uma queixa na Polícia Judiciária, à mesma hora que decorre a prova escrita de Canbridge.

A estrutura sindical liderada por Mário Nogueira, em conjunto com outros seis sindicatos, marcou para este dia de prova de inglês, uma greve para os professores vigilantes.

Em declarações à TSF, em direto no noticiário das 10 horas, Hélder Sousa rejeitou todas as acusações feitas por Mário Nogueira.

O diretor do IAVE desmentiu "categoricamente" o conteúdo dos emails. Hélder de Sousa diz que "de todo, de maneira nenhuma", o IAVE fez publicidade a manuais. A troca de correspondência eletrónica diz respeito, apenas, a "informações estritamente profissionais para a convocação dos professores".

Nestas afirmações, Hélder de Sousa, diretor do IAVE, classificou a intenção manifestada pelo FENPROF, de entregar uma queixa na PJ, com uma ato de má-fé.