Empresas

Novo Banco admite "medidas legais" contra "iniciativas ilegítimas" dos lesados do BES

Lusa/José Coelho

O banco liderado por Stock da Cunha diz que os lesados têm direitos, mas não podem agir à margem da lei. E reitera que a responsabilidade não é do Novo Banco.

O Novo Banco avisa que se reserva "o direito de adotar as medidas legais" face a iniciativas individuais ou da Associação dos Indignados que considera "ilegítimas". Em comunicado enviado às redações, a instituição financeira lamenta que estas iniciativas "insistem em colocar em causa o funcionamento dos serviços do Novo Banco ou atingir a sua reputação e a dos seus colaboradores".

"As pessoas lesadas têm direitos que devem ser respeitados, mas não podem agir fora do quadro da lei e contra quem não cabe e não tem autonomia para os satisfazer", afirma. O banco reitera que está apenas em transição e não tem poder para "sanar ou compensar" o incumprimento do papel comercial do BES.

Suportando-se nas posições do Banco de Portugal, a administração de Stock da Cunha diz que os termos da resolução do BES são claros, mostrando "inexistência de uma responsabilidade do Novo Banco quanto ao reembolso dos referidos instrumentos de dívida".

A administração do Novo Banco agradece ainda o trabalho desenvolvido pelos colaboradores "em circunstâncias físicas e anímicas particularmente difíceis".