Política

Passos festeja aniversário do PSD a atacar plano do PS

Lusa/André Kosters

Pedro Passos Coelho assinalou os 40 anos do PSD ontem à noite, em Lisboa. Discurso conseguiu soltar muitas gargalhadas.

Pedro Passos Coelho reservou boa parte do discurso de mais de uma hora, na cerimónia de encerramento das comemorações dos 40 anos do PSD, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, para colocar em causa o plano macroeconómico do Partido Socialista.

"A baixa da TSU que nós propomos... Não se preocupem, vai ser autofinanciada. Não tem problema nenhum... Ficamos a saber que é neutra. Não custa nada... não sei porque é que a gente não fez...".

Perante uma plateia cheia de militantes, entre eles Durão Barroso, Manuela Ferreira Leite e Marcelo Rebelo de Sousa, muitas bandeiras e vários cachecóis social-democratas, Passos Coelho concluiu que o PS "não vai respeitar nem as regras, nem os compromissos, nem os objetivos que estão em vigor em nome de Portugal na União Europeia".

Para apimentar as críticas, e arrancando aplausos e gargalhadas do público, Pedro Passos Coelho ironizou. "Então e o défice estrutural? Como é que vai ser? A resposta veio. Ah! Isso é muito complicado... Isso é muito complicado porque há muitas metodologias e todos os anos a Comissão Europeia altera as metodologias e portanto nós sabemos que essas metodologias estão desligadas da realidade. E se apresentássemos um valor mais próximo da realidade podia não ser aceite e ser polémico, portanto preferimos não fazer a conta. Mas não se preocupem a gente vai verificar as condições. E dizem isto sem se rirem".

Mas nem só de críticas se "coseu" as linhas do discurso de aniversário. O presidente do PSD também incluiu elogios. Neste capítulo, Cavaco Silva não foi poupado.

"Não posso deixar também de referir o papel exemplar que foi desempenhado pelo Presidente da República".

Pedro Passos Coelho elogiou, ainda, Durão Barroso pelo trabalho feito na presidência da Comissão Europeia. Também Assunção Esteves, presidente da Assembleia da República foi incluída nesta fase do discurso pela forma como tem liderado a casa da democracia. Por último, Passos Coelho elogiou o militante anónimo, que sofreu pelo país mantendo a confiança no futuro.