António Cunha fez para a TSF um balanço dos primeiros seis meses do seu mandato.
António Cunha fez para a TSF um balanço dos primeiros seis meses do seu mandato. Diz que, de uma forma geral, tem havido menos exageros nas praxes. Considera que o diálogo com o governo é "aberto e bom" apesar do desacordo em várias matérias.
António Cunha admite que a situação é diferente de universidade para universidade, mas "alguns exageros" nas praxes "com que fomos confrontados nos últimos anos têm vindo a acontecer com menor intensidade. Aquilo que é preciso, e felizmente tem vindo a acontecer, passa pela consciencialização dos estudantes e temos sinais de que na maior parte das academias há uma evolução nesse sentido".
O presidente do Conselho de Reitores diz que manteve nos primeiros seis meses do mandato um diálogo "aberto" com o governo, mas há divergências que ainda não foi possível ultrapassar.
A avaliação dos laboratórios de investigação, por exemplo, não está a avançar com a velocidade pretendida pelos reitores; "Está a andar muito devagar. Nós deixamos de ter um sistema de avaliação credível em Portugal o que é bastante negativo".
Outro ponto de divergência com o governo é o financiamento das instituições de ensino superior. O modelo proposto foi considerado positivo pelo Conselho de Reitores, mas António Cunha lembra que não há uma boa forma de repartir dinheiro que não chega para as necessidades: "é sempre difícil encontrar um modelo que reparta algo que não chega para repartir".
Os reitores também consideram negativa a proposta do governo que regula os consórcios entre instituições do ensino superior. António Cunha diz que essa proposta viola a autonomia das universidades e ainda espera que o governo aceite as propostas de alteração apresentadas pelo Conselho de Reitores.