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Centenas de pessoas iam fugir da Líbia, mas não chegaram a partir

REUTERS/Hani Amara

A porta de embarque não chegou a abrir.

Cerca de 400 migrantes clandestinos foram detidos pelas autoridades líbias antes de embarcarem para atravessarem o Mediterrâneo e alcançarem a Europa, anunciou hoje o organismo líbio encarregado da luta contra a imigração ilegal.

Os migrantes, na maioria originários da Somália e da Etiópia, foram detidos hoje de madrugada quando se preparavam para embarcar em Tajoura, uma pequena cidade a leste de Tripoli, disse à agência France Presse Mohamed Abdel Sala mal-Qoeiri, porta-voz do organismo dependente das autoridades de Tripoli, não reconhecidas pela comunidade internacional.

Várias grávidas integravam o grupo, segundo Qoeiri.

Um repórter fotográfico da AFP viu dezenas de migrantes chegarem em viaturas a um centro de retenção de Tripoli.

A sua detenção coincidiu com o lançamento pelas autoridades de Tripoli de um plano de luta contra a imigração clandestina e os traficantes, declarou um alto responsável da segurança líbio.

As partidas clandestinas têm aumentado nos 1.770 quilómetros da costa da Líbia desde que após a queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011 o país mergulhou no caos, minado pela luta pelo poder entre dois governos e dois parlamentos.

As costas líbias situam-se a pouco mais de 300 quilómetros da ilha italiana de Lampedusa, que centenas de migrantes vindos de África, da Síria ou de outras zonas de conflito tentam alcançar a cada semana.

Lusa