Os trabalhadores da Petrogal, do grupo Galp Energia, consideram que os serviços mínimos, decididos pelo Governo, eram "abusivos" e inviabilizavam o efeito do protesto na refinaria de Sines.
Em declarações à TSF, Rogério Silva, coordenador da Federação das Indústrias Metalúrgicas e da Energia (Fiequimetal), acusa o Governo de violar a lei ao decretar serviços mínimos.
"O Governo, o que faz com esta imposição é procurar afetar à produção da refinaria aquilo que é o equivalente a um dia normal de trabalho. Por isso, dizemos que é uma decisão que viola a lei da greve, viola a Constituição da República e é uma atitude prepotente, inadmissível de um Governo fora-da-lei", acusa Rogério Silva.
A greve dos trabalhadores das refinarias foi entretanto suspensa, mas o sindicato garante que os funcionários vão decidir novas formas de luta. Em cima da mesa, está ainda a possibilidade de agir judicialmente contra o Governo.
Os trabalhadores da Petrogal tinham convocado quatro dias de greve na refinaria de Sines, com início às 00:00 de hoje, prolongando-se até sexta-feira, e dois na refinaria em Matosinhos, na quinta e sexta-feira.