Após semanas de reuniões com a PSP foi adotado, para a festa do Benfica, o modelo defendido pela autarquia, mas Fernando Medina garante que as recomendações da polícia foram todas seguidas.
O presidente da Câmara de Lisboa rejeitou hoje qualquer relação entre os desacatos na praça do Marquês de Pombal e o dispositivo de segurança acordado pela autarquia com a PSP.
Medina foi questionado sobre o parecer negativo dado pela PSP aos festejos do Benfica. À agência Lusa uma fonte ligada ao processo afirma que a polícia alegava que o modelo concebido não era adequado em termos de segurança.
As reservas da Polícia tinham a ver sobretudo com o palco circular, que impediu a criação de uma caixa de segurança e, tal como adianta o Diário de Notícias, a PSP também pretendeu obrigar ao uso de copos plásticos para a venda de bebidas alcoólicas.
O autarca responde dizendo que "há bastante tempo" que vinha a ser discutido o modelo de segurança entre a autarquia, a PSP e o Benfica, tendo sido escutadas "várias opiniões" para assegurar festejos em "segurança, estabilidade" e com "fluidez" nas movimentações quer das forças de segurança e emergência quer da equipa de futebol.
"A preparação permitiu uma excelente organização e todos os elementos fundamentais estavam precavidos", vincou ainda o autarca, que acrescentou também que as ações de "grupos possivelmente marginais" podiam ter acontecido "em qualquer lugar, em qualquer circunstância", e devem ser averiguados pelas autoridades "até às últimas consequências".