O Governo deixou cair a proposta de Miguel Pais do Amaral porque "era não vinculativa, logo não cumpria um dos requisitos do caderno de encargos". Apenas duas propostas seguem para a fase de negociação.
O Governo analisou hoje, em Conselho de Ministros, a venda da TAP e decidiu abrir a fase de negociação com apenas dois dos candidatos: David Neeleman (acionista da Azul) e Germán Efromovich (dono da Avianca), considerando que estas duas propostas têm "mérito equivalente".
As propostas de Neeleman e Efromovich foram consideradas como as mais sérias na corrida. Ambos propõem-se comprar 61% da TAP, privilegiando a capitalização da empresa, mais do que o "encaixe" do vendedor.
A proposta de Miguel Pais do Amaral foi excluída "por não cumprir os requisitos legais" impostos, explicou o secretário de Estado das Obras Públicas, Sérgio Monteiro.
O Conselho de Ministros decidiu mandatar os secretários de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, e do Tesouro, Isabel Castelo Branco, para avançar com as negociações junto dos outros dois consórcios, sempre com a Parpública incluída.
A administração da TAP, liderada por Fernando Pinto, já se pronunciou na quarta-feira sobre o plano estratégico dos três candidatos - agora reduzido a dois - à privatização da companhia aérea de bandeira, segundo o Diário Económico, entregando as suas opiniões à Parpública, detentora da TAP em representação do Estado.
A proposta de Gérman Efromovich, dono da operadora aérea Avianca e do grupo Synergy, inclui a entrega de 12 novos aviões Airbus após a transferência das ações da companhia e a renovação da frota da Portugália com aviões Embraer até 2016, sendo que o empresário propõe recapitalizar a empresa em 250 milhões de euros, segundo informações avançadas pela imprensa.
David Neeleman, patrão da companhia aérea brasileira Azul e que está em parceria com Humberto Pedrosa, do grupo Barraqueiro, promete reforçar a TAP com 53 novos aviões e investir 350 milhões de euros.
Já Miguel Pais do Amaral, através da Quifel, prometia manter a estratégia da administração de Fernando Pinto, com a compra dos 12 Airbus 350 já encomendados pela TAP e uma injeção de capital de 325 milhões de euros.