Um novo estudo da DECO volta a apontar diferenças de preço em varias regiões do país. Vários municípios continuam sem ter tarifas sociais ou para famílias numerosas.
A DECO voltou a encontrar grandes diferenças nos preços da água, resíduos e saneamento nos vários municípios do país.
Num estudo feito em abril, a Defesa do Consumidor analisou 150 concelhos. O tarifário mais caro foi registado na Trofa, onde ter água na torneira custa 492 euros por ano se uma família consumir 120 metros cúbicos. Um valor seis vezes mais que o registado em Barrancos (76,5 euros), o concelho onde se encontraram os preços mais baixos. Entre os 10 concelhos com fatura mais alta, 6 são do distrito do Porto.
Antonieta Duarte, técnica da DECO Proteste, diz que não faz sentido existirem diferenças tão grandes e teme que a aproximação anunciada pelo Governo seja feita em alta para a maioria dos consumidores.
Outra conclusão do estudo da DECO indica que pelo menos 47 municípios não têm tarifas sociais de água, saneamento e resíduos. Estas tarifas estão previstas há anos, nuns casos na lei (resíduos sólidos urbanos), noutros em recomendações da entidade que regula o setor (água e saneamento).
Antonieta Duarte lamenta que um terço dos concelhos analisados não protejam as famílias mais pobres.
No caso das tarifas para famílias numerosas, a DECO verificou que estas não existem em 56 municípios. Espinho, Mafra, Paredes e Vila do Conde são alguns exemplos.