Joseph Blatter reage às noticias do dia sobre corrupção no seio da organização. Numa breve declaração o presidente da FIFA diz que a "má conduta não tem lugar no futebol" e que os que a praticam "serão excluídos do jogo".
O presidente da FIFA, Joseph Blatter, garantiu hoje que os implicados no escândalo de corrupção que abalou a instituição serão excluídos do futebol.
"É um momento difícil para o futebol, para os adeptos e para a FIFA. Este tipo de comportamentos não tem lugar no futebol e nós vamos assegurar-nos que os implicados serão excluídos do jogo", reagiu Blatter numa breve declaração divulgada no site da FIFA.
Nesta declaração, Blatter faz questão de lembrar o trabalho que a organização tem feito para pôr fim ao que que chama de "má conduta" no mundo do futebol, indicando que as ações da polícia suíça, verificadas nesta quarta-feira, foram postas em andamento o ano passado, a quando da entrega de um dossier sobre o assunto pela FIFA às autoridades suíças.
Pouco antes da primeira reação do responsável máximo pelo futebol mundial, a FIFA tinha anunciada a suspensão provisória de 11 pessoas de toda a atividade ligada ao futebol, incluindo os dois vice-presidentes Jeffrey Webb e Eugenio Figueredo.
Além de Webb e Figueredo, foram suspensos Eduardo Li, Júlio Rocha, Costas Takkas, Jack Warner e o seu filho Daryll Warner, Rafael Esquivel, José Maria Marin, Nicolás Leoz e Chuck Blazer, antigo homem forte do futebol dos Estados Unidos, ex-membro do Comité Executivo da FIFA e alegado informador da procuradoria norte-americana.
"Continuaremos a trabalhar com as autoridades competentes e vamos esforçar-nos com vigor, no interior da FIFA, para erradicar todo o comportamento inapropriado, de modo a recuperar a confiança", concluiu Blatter.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de conspiração e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).
Entre os acusados estão dois vice-presidentes da FIFA, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Caimão e que é também presidente da CONCACAF (Associação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas), assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol).
Dos restantes dirigentes indiciados fazem parte o brasileiro José María Marín, membro do comité da FIFA para os Jogos Olímpicos Rio2016, o costarriquenho Eduardo Li, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, o nicaraguense Júlio Rocha, o venezuelano Rafael Esquivel e Costas Takkas, das Ilhas Caimão.