Saúde

Universidade de Coimbra cria vacina nasal contra ataques bioterroristas

Sebastian Derungs/Reuters

Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular e da Faculdade de Farmácia da UC criou uma vacina que atua de forma rápida, pode ser administrada por qualquer pessoa e atua de forma precoce perante uma ameaça de bioterrorismo com antraz.

Olga Borges é professora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra e explica que esta descoberta "permite o desenvolvimento de anticorpos não só daqueles que circulam no sangue, mas também anticorpos ao nível da mucosa nasal. É uma mais-valia porque não permite a inalação dos esporos de antraz, não passando para a corrente sanguínea e não permite que a doença se desenvolva".

A equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular e da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (UC) trabalha nesta investigação há cerca de quatro anos.

A vacina não é administrada de forma convencional, "neste caso a vacina é uma suspensão que é depositada nas narinas, qualquer utente teoricamente poderá fazer a administração, basta adquirir numa farmácia, são umas gotas colocada no nariz.", explica Olga Borges.

Têm que ser realizados mais estudos para confirmar a eficácia em humanos, mas a formula agora desenvolvida pode ser aplicada a outras vacinas, como a da hepatite B.

Os investigadores acreditam que esta vacina nasal pode dissuadir o uso de armas biológicas com antraz.