Economia

OCDE diz que economia portuguesa vai crescer 1,6% este ano

Reuters/ Grigory Dukor

Para 2016, a organização estima que a taxa de crescimento económico suba até 1,8 por cento.

A OCDE prevê um crescimento de 1,6 % para este ano e 1,8 % em 2016. As previsões para 2015 estão em linha com as que o governo inscreveu no Programa de Estabilidade mas são mais pessimistas que os 2% fixados pelo executivo para o ano que vem.

No Economic Outlook 2015, publicado esta quarta-feira, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico continua a prever uma descida do desemprego mas menos pronunciada ao corrigir em alta os valores para este e para o próximo ano. Em novembro, a OCDE previa para 2015 uma taxa de 12,8 por cento, agora é revista para 13,2%. Para 2016, a instituição previa no final do ano passado 12,4% de taxa de desemprego, agora antevê 12,6%.

Quanto ao défice, em relação ao ultimo relatório, a OCDE está mais pessimista para 2016. Em novembro a organização previa que Portugal terminaria o ano que vem com um défice de 2,3 %. Esse número é revisto para 2.8 por cento. Para este ano, a OCDE mantém a última previsão e tal como governo, também acredita que o país vai sair do procedimento por défices excessivos ao apresentar um défice de 2,9 por cento.

Em relação à dívida, a OCDE prevê que a dívida pública, na ótica de Maastricht, a que conta para Bruxelas, se situe em 2015 nos 127,7 % do PIB. Para o ano, a OCDE prevê que a dívida desça para os 124,4 %.

IRC deve continuar a descer (ainda mais)

Para aumentar o investimento das empresas a OCDE defende uma redução adicional da taxa efetiva do IRC. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, no capitulo do Economic Outlook 2015 dedicado a Portugal não apresenta valores mas sinaliza que essa redução deve ter um impacto neutro do ponto de vista da receita ao mesmo tempo que deve abranger mais empresas.

A OCDE entende ainda que o caminho seguido no sentido de uma estrutura tributaria mais favorável ao crescimento deve continuar. Depois de ter sugerido no final do ano passado a eliminação da taxa intermédia de IVA de 13% e a diminuição da aplicação da taxa reduzida de 6%, a instituição liderada por Ángel Gurría, sem se referir às taxas mais baixas, volta a insistir que o país deve estender a mais produtos a aplicação da taxa de IVA a 23%.

Quanto ao crescimento económico, a OCDE prevê que a recuperação ganhe um novo fôlego este ano, impulsionada pelas exportações, que por sua vez vão estimular o investimento, o emprego e o consumo. Os preços baixos do petróleo e um euro fraco, sublinha a OCDE, são outros fatores que vão ajudar ao crescimento económico do país.

Apesar de prever a continuação da recuperação da economia, a organização entende que os sinais positivos ainda são tímidos e por isso vê com bons olhos uma consolidação orçamental mais moderada.