Este valor corresponde à segunda tranche de uma antecipação de pagamento que foi autorizada, há alguns meses, pelo FMI. Na primeira tranche foram pagos perto de 6,6 mil milhões.
A ministra das Finanças anunciou hoje no Cadaval que o Governo vai, ao contrário da Grécia, antecipar este mês o pagamento de dois mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para poupar nos juros.
"Vamos reembolsar antecipadamente perto de dois mil milhões de euros ao FMI para poupar nos juros e fazemos este reembolso antecipado porque, com o nosso trabalho, conseguimos que os juros que pagamos no mercado da dívida sejam efetivamente mais baixos", afirmou Maria Luísa Albuquerque.
Fonte do Ministério das Finanças explicou à TSF que estes cerca de 2 milhões de euros correspondem à segunda tranche de uma antecipação de pagamento que já foi autorizada, há alguns meses, pelo FMI.
Na primeira tranche foram pagos perto de 6,6 mil milhões. Depois do pagamento desta segunda tranche, ainda fica a faltar pagar mais de 5 mil milhões para chegar aos 14 mil milhões de euros que Portugal tem autorização para reembolsar antecipadamente ao FMI (metade do valor que o Estado português pediu emprestado a esta instituição).
A ministra das Finanças, que falava durante um jantar com militantes da distrital do PSD/Oeste, no concelho do Cadaval, adiantou que o Governo "já iniciou os procedimentos" para esse fazer o reembolso antecipado "ainda este mês".
"Se a situação exterior é assim tão favorável, basta compararmo-nos com outro país da Europa que, em vez de antecipar pagamentos ao FMI, os adia", sublinhou a governante dirigindo-se ao PS que, lembrou, foi um dos partidos da esquerda a fazer "referências elogiosas ao Governo" grego, liderado por Alex Tsipras.
A ministra das Finanças explicou que a antecipação das prestações para diminuir a dívida externa é possível graças ao "caminho de responsabilidade" que o Governo PSD/CDS-PP tem vindo a seguir, no sentido de reduzir a despesa e do défice que, recordou, era "superior a 11% do Produto Interno Bruto" quando o atual Governo entrou em funções, e que deverá ser "superior a 3% no final deste ano".