O advogado de José Sócrates considera que a decisão de manter o ex-primeiro-ministro em prisão preventiva "é uma vingança mesquinha" por o antigo líder socialista ter recusado a pulseira eletrónica.
"É uma vingança mesquinha do senhor procurador da república e do senhor juiz de instrução contra um arguido que recusou vergar as suas tentativas de o domar", afirmou.
O advogado disse que os dois responsáveis da justiça "estão determinados" em libertar José Sócrates "em prestações suaves para não se notar tanto, para não se perceber tanto", mas assinalou que o ex-primeiro-ministro "não está de acordo".
João Araújo, acompanhado pelo outro advogado que representa José Sócrates, Pedro Delille, falava aos jornalistas à porta do Estabelecimento Prisional de Évora, onde visitou, durante cerca de duas horas, o antigo chefe de Governo socialista.
O juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) de Lisboa decidiu hoje manter o ex-primeiro-ministro José Sócrates em prisão preventiva.
Segundo uma nota do TCIC, foi proferido despacho de reapreciação da medida de coação aplicada ao arguido José Sócrates, no qual o juiz decidiu manter o arguido sujeito à medida de coação em que se encontrava, prisão preventiva.