Saúde

Ministério promete mais hospitais e clínicas a fazer colonoscopias

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O Ministério da Saúde revela à TSF que o concurso está na fase de análise de propostas e que a oferta seja efetiva a partir, no máximo, do mês de agosto. Já o presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia não está tão otimista com estas previsões.

O Ministério da Saúde diz que, até agosto, vais ser possível triplicar em Lisboa e quadruplicar no Porto, o número de prestadores de serviços para a realização de colonoscopias.

O concurso está próximo do fim, depois do prazo final ter sido prolongado algumas vezes perante protestos da Ordem dos Médicos e de vários hospitais que acusaram o Governo de querer pagar valores ridículos para a realização de colonoscopias prescritas pelo Serviço Nacional de Saúde. Valores que, diziam, não pagavam as despesas da realização do exame.

Segundo o Ministério, o concurso está na fase de análise de propostas e deverá estar concluido em breve.

Ouvido pela TSF, Artur Mimoso, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, diz que, olhando para as propostas, vai ser possível aumentar significativamente em todo o país as ofertas para a realização destes exames.

Aquele responsável diz acreditar que a oferta seja efetiva a partir, no máximo, do mês de agosto.

Ao contrário do Governo, o presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia não está optimista com estes concursos.

José Cotter diz que os processos estão longe de estar fechados. Ainda é preciso fazer um "leilão" que vai definir o preço e só depois é que os privados, que agora se apresentaram, vão decidir se fazem mesmo as colonoscopias para quem tem uma prescrição do Serviço Nacional de Saúde.

O representante dos médicos desta especialidade defende que os preços limite definidos pelo Ministério são muito baixos e o resultado final deste concurso arrisca-se a afastar, ainda mais, os privados das colonoscopias feitas aos utentes do Serviço Nacional de Saúde.

No Fórum TSF, a Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo dizia que, em Lisboa, onde há poucos clínicas convencionas com o Serviço Nacional de Saúde para a realização deste tipo de exames, a lista de espera ronda os seis meses.

Vítor Neves, presidente da Associação, diz que é praticamente impossível uma marcação em Lisboa numa clínica com contrato com o Estado, aconselhando por isso os doentes a procurarem outras zonas do país, como por exemplo, Santarém.

Redação