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TAP já "voou" do Estado

José Sena Goulão/Lusa

Está assinado entre o Governo e o consórcio Gateway, dos empresários David Neeleman e Humberto Pedrosa, o contrato de compra e venda de 61% do grupo TAP. Empresário português assume compromisso de longo prazo.

O empresário português Humberto Pedrosa, que integra o consórcio que venceu a corrida à privatização da TAP, afirmou hoje que quer tornar a companhia aérea na melhor da Europa e que está nos negócios "para ficar".

O dono do grupo Barraqueiro, que hoje assinou o contrato para a venda de 61% da TAP juntamente com o empresário norte-americano e brasileiro David Neeleman, sublinhou que ser "um dia muito importante para Portugal", porque "se firma um compromisso de crescimento (...) com base no histórico empresarial de dois parceiros com provas dadas de sucesso e credibilidade".

"Estamos nos negócios para ficar", salientou Humberto Pedrosa na cerimónia de assinatura do contrato de venda da TAP, no Ministério das Finanças, garantindo que ambos são fiéis às empresas que criam.

Garantiu ainda que os empresários estão apostados em fazer crescer a TAP num projeto de longo prazo, ambicioso, "mas sólido e realista" e que querem fazer da companhia "a melhor da Europa".

Para Humberto Pedrosa, garantir que o centro de decisão da companhia continua em Lisboa foi um fator decisivo para participar neste projeto: "Posso garantir com orgulho que a TAP é efetivamente portuguesa".

O empresário David Neeleman afirmou que quer reforçar as ligações da companhia com os Estados Unidos e o Brasil.

O empresário, que falava na cerimónia de assinatura do contrato, no Ministério das Finanças, em Lisboa, afirmou que ambiciona criar mais dez destinos para os Estados Unidos da América (EUA) e oito a dez no Brasil e prometeu que vai "fazer tudo" para reforçar o capital da empresa, comprar mais aviões e "tratar bem as pessoas", que considerou o principal ativo da TAP.

Salientou ainda que a TAP é uma empresa muito importante para Portugal e que, por isso, quando o Governo pediu 30 anos de compromisso para o 'hub' (centro de operações) permanecer em Portugal, respondeu: "Podemos dar 100 anos".

Na cerimónia, que decorreu no Ministério das Finanças, em Lisboa, estiveram presentes os ministros das Finanças, Maria Luís Albuquerque, e da Economia, António Pires de Lima, e os dois empresários responsáveis pelo consórcio que venceu o concurso de privatização.